As garras robóticas existem há algum tempo, algumas mais rápidas, enquanto outras são dotadas de sensibilidade, até aquelas controladas apenas pelo movimento da mão ou do movimento do olhar.
Um grupo de pesquisadores norte-americanos apresentaram uma demonstração diferente e interessante com a designação de “garra robotizada” uma espécie de pinça universal que dá um verdadeiramente ultrapassa a destreza de outras garras robóticas, com dedos ou outro tipo pinças.
Esta garra robotizada consegue levantar um pesado amortecedor de automóvel, assim como escrever usando delicadamente uma caneta, a garra robotizada faz outro tipo coisas difíceis de se conseguir com uma garra tradicional.
A solução foi proposta por Hod Lipson da Universidade de Cornell, Heinrich Jaeger da Universidade de Chicago e Chris Jones da iRobot Corp.
A garra propriamente dita, consiste de uma balão de aniversário cheia de café moído, o que lhe dá a flexibilidade para se deformar à volta do objecto a ser agarrado. A garra fica presa a um braço robótico comum.
Ao ajustar-se ao objecto, uma mangueira de sucção suga todo o ar do balão, "solidificando" o material em seu interior e prendendo o objecto firmente.
Quando o vácuo é liberado, o balão recupera sua flexibilidade e solta o objecto.
O café em pó, como outros materiais particulares, possuem uma característica chamada "transição de aglomeração", que faz seu comportamento passar de algo próximo a um fluido, para algo próximo a um sólido. Isto ocorre porque, na ausência de pressão, os grãos do pó de café podem deslizar uns sobre os outros com certa facilidade. Mas, como os grãos não são lisos - são na verdade muito irregulares - sob a acção da pressão, eles "travam" uns nos outros, inibindo qualquer movimento.
É este fenómeno que explica porque um pacote de café a vácuo é tão duro, enquanto um pacote de café em embalagem comum é totalmente mole.
A areia tem uma transição de aglomeração mais elevada, resultando num segurar mais firme, mas esta é pesada demais para ser prática, segundo os pesquisadores.
A pinça robótica é considerada "universal" no sentido que se dá às ferramentas, já que ela se adequa perfeitamente ao objecto que está a segurar, em vez de ser projectada para um objectos específicos, como as chaves, que têm tamanhos adequados a cada parafuso.
"Esta é uma das coisas mais próximas de chegar ao mercado que já fizemos," diz Lipson. Segundo ele, o facto de ser universal torna as possíveis aplicações da pinça robótica ilimitadas - equipar braços robóticos nas fábricas, funcionar como pés para um robô que poderá andar pelas paredes e próteses médicas são alguns exemplos.
"O que é particularmente elegante com nossa pinça robótica é que aqui temos um caso onde um novo conceito de ciência básica forneceu uma nova perspectiva em uma área muito diferente - a robótica - e, em seguida, abriu a porta para aplicações que nenhum de nós tinha inicialmente pensado", citação de Jaeger.
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