Compromisso da utilização do produto pela pessoa (parte 1)

A função e a utilização são palavras-chaves que os investigadores do desenho técnico costumam empregar ao se referir a compromissos que as pessoas fazem com os produtos. No entanto, há pouco consenso sobre como os conceitos de função e utilização que se relacionam entre si e com as intenções que de os desenhadores e utilizadores, ou com suas ações e contextos que são abrangentes. Neste post tentera-se sintetizar a literatura da investigação do desenho técnico e o estudo da cultura do material, a antropologia da teoria do desenho de funções para comparar criticamente diferentes atitudes com compromissos que as pessoas têm com os produtos, implícitas em caracterizações de função e utilizações. Havendo uma identificação com as atitudes centradas no desenho técnico, comunicativas e centradas na utilização e discuto seus pressupostos e implicações por uma teoria do desenho técnico. Tentara-se terminar esboçando os princípios para abordar teoricamente e computacionalmente a utilização como um processo incorporado e temporariamente contingente e uma forma de como fazer.
Tradicionalmente na investigação do desenho técnico é interpretado como uma disciplina por direito próprio, independente dos seus domínios particulares de aplicação. De acordo com a maioria das definições a disciplina do desenho técnico inclui ao seu alcance, uma consciência rigorosa da cultura material: os próprios produtos e as atividades das sua produção e utilização. Em tais definições do desenho técnico é um termo de produto que é invocado amplamente para se referir a objetos, edifícios, cidades, sistemas ou serviços, em breve, qualquer coisa produzida ou apropriada por humanos para atender a necessidade, objetivo, propósito ou atividade. A ligação dos produtos com o cumprimento das necessidades ou propósitos humanos, práticos ou não, decorre duma tradição de investigação dos desenhos técnicos que se posicionou explicitamente como antropocêntrica e orientada para o ser humano. Como resultado a função e a utilização têm sido categorias centrais no desenvolvimento de relatos descritivos ou normativos do assunto da disciplina do desenho técnico em que os produtos e a sua produção e a sua utilização.
No entanto apesar da sua penetração na linguagem e significado aparentemente óbvio a função e a utilização de produtos são notoriamente difíceis de caracterizar, uma função definida como o modo de ação pelo qual qualquer coisa cumpre seu propósito e utilizar como o ato de colocar algo para trabalhar para qualquer objetivo e com base nestas definições coloquiais, pode-se dizer que a função é o que um produto faz, enquanto se utiliza e é o que as pessoas fazem com um produto. Os produtos por sua vez, apresentam uma dualidade interessante que podem ser descritos como objetos materiais físicos e também em relação a contextos de objetivos e ações humanas. Além disso parece intuitivo diferenciar-se, pelo menos provisoriamente, entre dois contextos em que essa dualidade é manifesta sendo o contexto do desenho técnico onde os desenhadores manipulam descrições das propriedades físicas e relacionais do produto, e o contexto da sua utilização onde os utilizadores manipulam os próprios produtos para seus próprios fins.
Esta breve exposição começa a transmitir algumas das questões e controvérsias que surgem quando se trata de teorizar a função e a utilização. Os investigadores do desenho técnico por exemplo podem envolver-se em inúmeros esforços para desenvolver uma definição laboral da função do produto ou sistematizar o raciocínio funcional no processo do desenho técnico do produto. No entanto os filósofos da tecnologia têm sido céticos quanto aos vínculos entretitos entre o desenho técnico e a atribuição de funções levantando assim as questões sobre como, no mínimo, as descrições funcionais no contexto do desenho técnico se relacionam com as propriedades das coisas produzidas ou as formas em que são utilizadas.
Por outro lado, ao longo das últimas décadas, o domínio da utilização dos utilizadores vem acompanhada consistentemente dos cenários da teoria e da prática do desenho técnico. Reconhecida como um fenômeno separado irredutível a funcionar e governado por suas próprias regras e táticas assim a utilização tornou-se um tema de grande interesse aos desenhadores. Os investigadores deste tipo projeto frequentemente utilizaram como medida de bom desenho como motor de decisões sobre os desenhos técnicos, ou como objeto de desenho.
As categorias de utilização e dos utilizadores também foram fundamentais na geração de vários gêneros de desenho técnico e de cada um com seus métodos adequados e reivindicações teóricas. Os métodos do desenho técnico são centrados no utilizador como por exemplo, incorporarem várias ferramentas das ciências humanas e das tecnologias da informação para adquirir informações sobre o contexto de utilização e antecipar relações de contexto de forma. Os métodos colaborativos e participativos aspiram a fundir o contexto do desenho no contexto da utilização e convidando os utilizadores ao processo do desenho ou do projeto de produtos abertos e funcionalmente multivalentes. No entanto uma análise teórica mais próxima da utilização real coloca questões principais pressupostos subjacentes aos métodos que os desenhadores para a modelação assim prevendo ou controlando as formas prevalecentes de conceituar compromissos abertos entre utilizadores e produtos.
Um tratamento mais explícito dos problemas teóricos relativos ao fenômeno da utilização está em andamento no campo interdisciplinar dos estudos na cultura do material, o campo nascente da antropologia do desenho e um ramo da filosofia conhecido como a teoria da função. Os teóricos da função invocaram a utilização e seus contextos em aspetos para caracterizar a função das coisas feitas e utilizadas pelos humanos. Apesar do seu foco principal nas funções técnicas em oposição aos sociais ou estéticos, a teoria da função faz explicitamente perguntas sobre a função de atribuição e o fenômeno de utilização que são produtivos para uma investigação teórica mais geral do desenho técnico.
Com o objetivo de abrir oportunidades criativas e produtivas para a investigação do desenho técnico comparo as abordagens sobre a relação entre o desenho técnico e a função e a utilização de produtos como eles foram articuladas na história da investigação do design e dos campos de estudos da cultura dos matérias do desenho de antropologia e teoria das funções, podendo-se identificar e comparar e contrasto de três atitudes em relação às atitudes em relação aos compromissos dos produtos  humanos, que se designam de centrado no desenho técnico e comunicativo e centrado na utilização. Cada atitude corresponde a um conjunto diferente de compromissos teóricos sobre os principais atores, contextos ou operações pelas quais esses compromissos devem ser conceitualizados. Com base em atitudes centradas na utilização que avance para propor novas possibilidades conceituais e operacionais na investigação do desenho técnico.
Comece por discutir atitudes centradas no desenho aos compromissos dos produtos para as pessoas que foram avançadas na história da investigação do desenho. Pudesse utilizar o termo de centralizado no desenho para referir-se a teorias e métodos que, em traços amplos, consideram a utilização como uma derivada da função de um produto e funcionam como definidas por decisões feitas no contexto do desenho técnico. A maioria das teorias e métodos do desenho que exibem essa atitude seguiram um modelo em que os desenhadores podem construir um modelo de utilização anti corrupto e que traduz isso em requisitos funcionais e atribuem esses requisitos à forma física através dum processo de deliberação funcional, esta abordagem explicitamente espera a utilização real para alinhar com utilizar o produto antecipadamente.
As atitudes comunicativas em relação as atitudes dos humanos em relação ao produto é uma interação explicitamente no alinhamento da utilização antecipada e atual, visando os produtos como dispositivos comunicacionais que ligam os contextos espaciais e temporariamente separados do desenho de utilização. Os produtos são vistos como mensagens passadas sobre a função ou o valor pretendido entre os utilizadores, que devem interpretar essas mensagens. Examino as expressões dessa abordagem na investigação do desenho que discuto várias críticas e passo a frente para interrogar uma manifestação alternativa da atitude comunicativa que aborda os produtos como texto aberto a interpretação no contexto da sua utilização, finalizara-se a seção interrogando as implicações e limitações da metáfora do texto para conceituar a utilização uso como um fenômeno não determinista e aberto.
Isto significa que uma evolução em atitudes centradas na utilização dos compromissos dos produtos humanos e tais atitudes abordam a utlizado como um processo de desdobramento aberto e temporário que pode ser teorizado e descrito de forma independente das intenções e ações no contexto do desenho técnico. Podendo-se apoiar esta abordagem, apresentando suas vantagens teóricas em relação às atitudes centradas no desenho ou comunicativas e ao destacar as falácias teóricas que corrige. Eu então justaposto duas maneiras de conceituar a abertura da utilizar um modelo semiótico de acordo com o qual o uso é uma promulgação de uma estrutura abstrata que sustenta a presença material dum produto e um modelo ecológico, que as vistas usam como uma espécie de fazer um e atividade incorporada e situada embutida nas forças sociais, culturais e materiais.
Podendo-se concluir que as implicações para fazer utilização das suas descrições computacionais formais e matemáticas, isso é em resposta ao desafio atual da edição especial para contemplar colisões e colusões entre a realização incorporada e a computação abstrata. É também em resposta duma longa tradição da investigação do desenho técnico que tenta modelar computacionalmente o uso quantificando aspetos da atividade humana ou provocando as estruturas causais que conduzem essa atividade. Podendo ser examinada os potenciais de fazer gramáticas, e assim uma expansão recente da teoria computacional das gramáticas de formas, para descrever os aspetos ativos, produtivos e criativos dos compromissos humanos com coisas materiais. Também se tenta apresentar um primeiro esboço esquemático duma gramática de utilização a ser desenvolvida em trabalhos futuros.
Em última análise neste post as novas perspetivas sobre como as ideias de temporalidade, situações e encarnações podem ajudar a repensar o fenômeno da utilização e sua relação do desenho técnico em articular as implicações e de se aproximar da utilização como uma espécie de comprovação teórica e de renderizações computacional.
1 Atitudes centradas no desenho técnico
Continuação – https://rishivadher.blogspot.pt/2017/06/compromisso-da-utilizacao-do-produto_30.html

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